6 de fev. de 2008

Tenho uma dúvida que não quer calar: por que os atendentes da ilha de frios do supermercado D'Avó de Mogi das Cruzes fazem questão de ser tão idiotas?
Toda sexta-feira vou ao D'Avó, faço minhas compras e depois vou para casa. Ter outras alternativas, na realidade, tenho, mas o D'Avó é no caminho, o estacionamento é coberto, tem ar condicionado, alguns caixas abertos mais que os outros e às vezes empacotadores.
Mas, o que é extressante, muito extressante é na hora de comprar os frios fatiados. Tem sempre um babaca (ou espertinho) que entra no lado errado da fila. O pior é que o atendendente, mesmo careca de saber quem é o próximo, chega e pergunta para ele qual é o pedido. Aí alguém chia, o carinha faz cara de paisagem, o atendente olha para o coitado do próximo, que pode ser você, com olhar de "Ai! meu Deus!". Ainda não descobri se o atendente fica bravo com ele mesmo por ser tão burro publicamente, ou pelos clientes que estão esperando civilizadamente sua vez reclamarem com justa indignação. Mais trágico ainda acontece quando o mesmo babaca (ou não) entra no lado errado da fila, o atendente atento e dedicado pergunta qual o pedido, a galera reclama e o mesmo educado atendente pede desculpas ao que fura a fila.
O mais interessante é que quando há algumas pessoas na fila, geralmente clientes assíduos. Logo começam os comentários reclamando da lerdeza, da cara de bosta e da falta de vontade. Esses comentários estão sendo analisado, para um estudo sociológico de como péssimos funcionários influenciam o dia dos clientes, as relações familiares (quando um cônjuge reclama e o outro aproveita a deixa para falar que não é bem assim), a sensação de ser feito de idiota e a vontade de voltar diante da necessidade.
Cabe salientar que uma função que nem é tão complexa assim consegue virar uma porcaria quando são contratados funcionários na APAE. Parece impossível acreditar que não se consigam pessoas capazes de desempenhar esta função pelo menos de maneira razoável! O que está errado? O salário, o treinamento o que contrata, a falta de pulso?
Aos mais espirituosos chega a ser cômico o momento desde a espera na fila, a observação dos outros pedidos, a relação dos clientes e atendentes.
Experimente a sensação de pedir um ítem e depois da gentil pergunta: "Mais alguma coisa?" você pedir outro ítem, e mais outro, mais outro. A expressão facial de enfado do atendente é demais! Chega-se a sentir uma pontinha de vingança.
Ah! Nem tente entrar na fila dos frios fatiados e depois querer a salsicha e a linguiça. É no outro lado do balcão, com outra fila só que com os mesmos atendentes. Se com uma fila eles já vão mal, imaginem com duas? A logística é de arrepiar! Sugiro aqui uma tática que tenho utilizado com certo êxito: enfrente uma batalha de cada vez. Primeiro compre os fatiados, vá para outros setores e fique de olho até o movimento cair, aí volte para a salsicha e a linguiça e ainda fale que esqueceu, quando vem o olhar de "você não estava agora há pouco na fila de frios?"
Alguns talvez achem que algo tão banal está sendo superestimado. Mas, é só pensar na pizza de mussarela (ou à moda SBT muçarela), naquela lazanha deliciosa, no lanche, no cachorro quente, na linguiça do churrasco... Quando alguma dessas delícias estiver sendo saboreada, lembre-se que alguém cumpriu a missão digna da Tropa de Elite, de comprá-la.
Que todos os caros colegas que terão de ir ao D'Avó Mogi das Cruzes comprar frios, nesta semana e nas que se seguem consigam a difícil tarefa de sair ilesos!

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